Cansei. Estou terminando meu terceiro semestre na UFSC em Psicologia e os níveis de estress que o curso têm me proporcionado (um curso integral e com muitos créditos a serem cumpridos) estão além da conta do normal.O que penso à respeito disso? Bom, como ser um profissional da saúde se nem saudável eu consigo ser na minha graduação? Felizmente estou vivenciando coisas muito boas em consonância: um ótimo relacionamento e uma emancipação sem precedentes dentro do Movimento Estudantil.
O aspecto mais sintomático e agravante dentro da minha sala de aula é a distância do que tenho estudado e visto da vida lá fora. Vejo meu Brasil por aí: televisão, jornais, artigos, filmes e histórias. Pelo meu dia-a-dia. Quero trabalhar nele; sinto ele e quero mecher com ele. Mas ao mesmo tempo passo extensivas horas sentado em uma cadeira quadrada, em uma sala quadrada ouvindo um professor tão quadrado quanto falando. E ele fala. Fala... escreve, fala e me passa mais um pouco pra fazer. Mas são em sua maioria (há excessões, felizmente) conteúdos abstratos. O fio intelectual que ele tenta me passar não se torna um conhecimento efetivo e vivo pois não o vejo nem os sinto na prática! Talvez eles se adequem a um mundo metafísico ou a uma outra realidade talvez... mas tenho adquirido pouqíssimas ferramentas em sala de aula para uma análise potente e preparação realmente profissional para lidar com as demandas da sociedade lá fora.
Gosto do meu País. Quero mudá-lo e estudá-lo e é muito frustrante estar dentro de uma Universidade pública que se afasta diariamente da sociedade brasileira e passa a habitar um mundo intelectualóide ou alienado, muito longe do que anda acontecendo politicamente em nosso país.
QUando entrei, achei que ela me formaria cidadão. Quem tem feito isos é o movimento estudantil, só.
Têm sido difícil estar aqui dentro as vezes. É quase uma casa de loucos. O mundo acontecendo a mil lá fora e nós estamos discutindo e frealizando pesquisas em grande parte sem sentido nenhum em relação a uma emancipação nacional e produção autônoma. Mas claro, não hei de chorar, nem lamentar-se. O que nos resta a fazer aqui dentro é a luta. Adelante!
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