Mini-entrevista sobre política

  1. Eaí pessoal! Recentemente meu colega da Psicologia, pedro Rocha, falou-me sobre o trabalho que faz em um jornal escolar. Ele fez um convite a uma entrevista a ser publicada neste jornal, com o tema "política". Resolvi deixar aqui no blog também as respostas que dei, tentando respeitar o espaço do jornal e do texto hehe. 

    Abraços




    1- Para você, o que é política?
Pergunta difícil! Hehe. Para mim política remete a dois termos: organização e posicionamento. Organização no sentido de cidade, comunidade, país. Somos seres humanos em relação, construíndo todo dia nossa civilização através de nosso trabalho e estudo cotidiano, e quando fazemos isso nos encontramos, conversamos, dialogamos. Neste sentido vivemos em uma coletividade e que para essa coletividade exista temos uma série de ”acordos”, os quais direcionam e ajudam a edificar este cotidiano. Neste sentido estamos todos envolvidos nessa sociedade, por menor que pareça ser nossa contribuição! Quando eu digo “posicionamento” refiro-me ao fato de que, as vezes, esses “acordos” que temos necessitam de mudanças. Mudanças que favoreçam e estejam de acordo com a maioria, e como a sociedade se transforma é necessário que suas leis e seu funcionamento também se modifiquem para que possamos viver em conjunto e com direito a felcidade de todos. Para isso, precisamos nos posicionar, dizer o que queremos, irmos atrás daquilo que acreditamos. Política, portanto, em última instância significa pensar e transformar a realidade social de nosso país.

2. O que é o "movimento estudantil" e o que tem a ver com política?
O Movimento estudantil, como o próprio terma implica é a mobilização dos estudantes. Sendo mais preciso, a organização estudantil. Ela é feita principalmente através das entidades estudantis como: Centros Acadêmicos (CA), Diretório Central dos Estudantes (DCE), Grêmio Estudantil e Diretórios Acadêmicos. O Movimento estudantil tem tudo a ver com política, uma vez que significa os estudantes, juntos, tentando conseguir as mudanças sociais que gostariam. Aqui na ilha temos o movimento passe livre por exemplo, que embora não seja apenas estudantil tem um ampla aprticipação deste setor. O movimento estudantil é um dos mais importantes dentro de nosso país! Somos nós, os jovens, os mais capazes a radicalizar e tomar ações audaciosas na nossa sociedade, pois estamos longe de jogos de poder e interesse que impossibilitam muitos outros setores de saírem as ruas.

  1. Como acontece o m.e. dentro da UFSC?
O ME acontece de diversas formas dentro da UFSC. As mais evidentes são através das entidades dos CA's e do DCE, embora existam outros grupos que se organizam não necessariamente vinculados as entidades, embora seja de extrema importância que as entidades sejam a referência política dentro do corpo estudantil. Temos os CA's, que representam as mobilizações específicas de cada curso e o DCE, que tenta abranger o ME universitário como um todo.

4. Como voce acha que os alunos podem se politizar ou se mobilizar dentro de uma escola?

Acredito que a primeira coisa a ser feita é conhecer o seu grêmio estudantil. Participar das reuniões e pensar se ele tem sido bom para os estudantes, se tem feito as conquistas necessárias na escola. Em caso negativo, é preciso que apareçam outras alternativas, que se formem outras chapas e que se concorra o grêmio durante as eleições, de maneira que a chapa que se mostrar melhor preparada vença pelo voto da maioria. Independente do que for, o que importa é sempre construir a sua entidade, trabalhar para que ela fique forte e representativa dentro de sua escola. A partir daí, a prática política cotidiana e o estudo vão construíndo a tal “politização”.

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