Hoje eu acordei muito cedo e fui para a academia. Aí pelas 7 e meia da manhã entrei no elevador e fui surpreendido por trio muito vivaz: um pai e dois filhos. Os dois são filhos pequenos e brancos, com pais que são muito trabalhadores e certamente os amam. Estavam bem agasalhados (fazia frio) e carregando suas mochilas. Simpáticos e ao mesmo tempo envergonhados: um ia pra creche e o outro para a escolinha.
No caminho do apartamento deles até o carro, que estava na garagem, eles receberam elogios e incentivos sobre : suas roupas, materiais, uniformes e por estarem indo a escola. Esses elogios vieram de 4 pessoas: de mim, de uma outra moradora, do porteiro e de uma das funcionárias da limpeza.
Pisei na rua e em menos de uma quadra estavam embaixo de uma marquise de um antigo prédio público (outrora usado por governadores) um pai e um filho. Maltrapilhos e literalmente atirados. O filho ajudava o pai a escrever num papelão alguma mensagem.
"Classes sociais são uma invenção do bolchevismo cultural" é a única coisa que me vem para concluir esse breve escrito, pois talvez só por certo cinismo se expresse parcialmente o que é viver numa metrópole subdesenvolvida.
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